sábado, 27 de julho de 2013

Entender




Queria entender-me,
Compreender o que meu coração anseia
Como posso viver como duas?
Estar apaixonada e ao mesmo tempo magoada?
Como posso em momentos distantes
Me ter assim inconstante?
Se és um encanto
Meu canto 
Eu canto aos quatros cantos
Que és meu manto
Que és meu lamento de amor.
E, num repente,
Me vejo assim
Magoada, amargurada
Por pensamentos de instantes
Que embora eu tente
Me lamente,
Me ausente,
Não me deixa essa agonia
Essa pergunta - Por quê?
Se ao tocar-te sou toda tua
Muito mais que a própria lua
Pertence ao universo
Se não posso te deixar
Viverei a lamentar
Essa covardia
De pertencer a ti incondicionalmente
E não conseguir esquecer
Esse teu instante
de ódio, de vingança
e devemos continuar a viver
na incerteza de um dia
tudo voltar a acontecer
novamente...

Auxiliadora RS
17/08/2011  14:04

quarta-feira, 24 de julho de 2013


Amar é música para meus ouvidos
É o acalanto para a alma
É o sorriso despercebido
É chama que não apaga


E quem disser que nunca amou está mentindo
E o faz com descaramento
Pois há histórias verídicas
De amores que são como o vento


A juventude passa assim como as estações
E os amores acontecem em várias situações
Amadurecem e se enlaçam ou talvez não
Porém uma vez verdade não fogem mais ao coração


Depois das flores e das tardes tardias
Quando o relógio do tempo faz a cantoria
Avisando que o tempo não volta arredia
É que se dá valor a aquele amor que se foi
Que se deixou escapar um dia...




Auxiliadora RS
24/07/2013 13:13 hs

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Amores


Apodera-se de mim um tormento voraz
Esse que nenhum acalento satisfaz
O medo de um tempo que definha
Na memória as lembranças te eu tinha
De criança... A esperança que não existe mais
Ah, que agonia, melancolia, um vazio de apertar
Meu coração envelhecido
Um respirar oprimido
De caminhos traçados que não voltam, não voltam, jamais!
De certo que errei várias vezes
Na ansiedade do acerto
Nas horas incontáveis de alguns dias
No retorno, meu eterno chorar
Lembro-me da beleza de algum dia
Em que te vi no primeiro despertar
E renovaram-se todos os outros dias
De vários e vários dias
Que no meu calendário deixou de contar
E que tornou-se e já nem lembro
Quando desisti dessa luta
Contra esse tempo que hoje, só na lembrança
Eu posso recordar.
Não ligue minhas palavras soltas
Que nem montadas conseguem ficar
Só tenho a certeza que duas vezes
Fui feliz e realmente feliz
Uma eu toquei
A outra não pude tocar...

(Felicidade)


Auxiliadora RS

12/07/2013 14:51

sábado, 6 de julho de 2013

Sem a poesia


A poesia calou-se em mim
Fugiu, escondeu-se
Adormeceu o meu ser
Me sinto oca
Oca de sentimentos
E lamento. sou lamentos...
Sem ela não sou matéria
Sem palavras, não há mistério
E nem elo entre mim e ti
Quero o que levastes
O que roubastes
Me devolves!
Se o teu poetar me encanta
O meu agora é engano
Se me amas
Declamas e me protege
Desse sofrer 
Faz em mim a euforia de palavras
De poesias humanas
De viveres e dizeres
De amor
De paixão
De razão
Sem a poesia, sou chão
Enterre-me então...

Auxiliadora RS
21/07/2011 13:37