sexta-feira, 12 de agosto de 2016



A esperança me tinge de negro
Me sonda o interior ferido
Já não sinto o toque do tempo
É ele quem me sangra por dentro

Sou sombra tentando existir

Sou dor ao extremo sentir
Sem chance no simples viver
A flor murcha de cima a cair

Não tem gosto o doce algodão

Do doce? Não há lembranças, não! 
Do poema que não me contenta
Das rimas que não se entrosam

E morrem ao serem lidas...



Auxiliadora RS

20/06/2016