segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O vento



Tu que me tocas de mansinho, sutilmente
Fala-me aos ouvidos em zunidos, horas bravio, horas docemente
Arrepia-me os cabelos, as vezes morno e outras friamente
Não se cansa de tocar-me a pele, tão macia, lindamente
Me namorando sempre, todo dia, toda noite, incessantemente
Que eu me apaixono loucamente
Em dias quentes principalmente
Meu adorado vento
Vem que te amo sempre
Se fosses homem não te largava,
Intrigante amor, que corre livremente...

Auxiliadora RS
27.02.12 16:37

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sem frescura


Que se dane todos os laços que me apertam
O mundo que impõe limites que agoniam
Querer liberdade e ser apenas utopia
É morrer engasgada, no fardo farto.
Quero mesmo é ser apenas eu “mesma”
Numa mistura de crescimento e humanidade
As vezes infantil e outras vezes mais verdade
Essa que vem junto com a maturidade.
O que eu quero é pegar pesado, pegar no pé
Não deixar que ninguém me diga meias verdades
Ou que minta a mentira enfeitada
Não engulo mais, sou avessa
Ou não estou afim de ser meia e ser calçada.
Se a felicidade não me vem de um jeito
Eu vou buscar , vou conquistar porque o mereço
Porque sou livre e porque sou gente
Então aprenda a me ver desse jeito:
Não mudo e não serei muda
Para me ter também tem um preço
O de ser paciente e verdadeiro
Nada de frescuras ou frouxuras
Não sou “elas”... olhe para mim... sou eu mesma!
Suporte ou simplesmente desapareça
E me deixe aqui, linda e nua!



Auxiliadora RS
16.02.2012  14:10

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Teu sorriso


Meu olhar fita o teu
Entretido com algo que o faz rir
E enlarguesse o sorriso, floresce o dia
Como um jardim com tantos encantos
Me pego a pensar, vaga o pensamento
De como é lindo esse anjo

Que agora eu vejo...

Ser  poema
Deveras é teu destino
Ser lindo, sapeca,
Ser um sábio menino
Que aos meus olhos ainda brinca
E tornou-se rima em minha vida

Em minhas poesias...

 
Auxiliadora RS
06.02.2012  às 15:56

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Minta



Minta para mim, não me deixe saber da verdade
Coisas do coração, que doem, vira saudade,
Quando o fato é amor, tudo vale, tudo pode
Só não pode ser a solidão, disso não sou consorte
Não compartilho o meio, não divido, prefiro a morte
Mas sou ouvido para sussuros e para teus toques
Se não sou tua mulher, sou vadia
Sou tua amante
De qualquer forma te pertenço
E nem mesmo o delírio da mente
Me faz demente
Para te deixar sair
Da minha pele...

Auxiliadora RS
01/02/2012  16:42hs