quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Tardes simples para lembrar
a canção que trás o coração de volta
seja o irmão ou inimigo
ou o amigo
ou o esquecido amante
que não é mais como antes
seja lá quem for...

Nos olhos tardios da saudade
ela adentra você
te deixa estático
te eleva, transporta
vai buscar longe quem se foi
e que não volta...

Se aquelas palavras escritas
num papel qualquer te fosse dado
e talvés lido
se faria diferença, não sei
não se sabe
talvés revertesse a ausência
quem sabe...

E o que ficou
foi a angustiante saudade
foi a inércia das horas
de um tempo para viver
a vida dos que ficaram
dos que não morreram
ou morreram sem saber...

O que se sabe então?
Se a verdade do saber é contrária
a esse silêncio insurdecedor?
Eu Sei que perdi
que não renasci
porque ainda não me fui
porque ainda não morri...

Eu sei que vou...
Não sei quando vou...
Mas quero ir!


Auxiliadora RS
17/12/2015 - 10:03

PS: Para minha amiga NELMA ARRUDA, que se foi tão nova,
       por quem choro a ausência da saudade. 


4 comentários:

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

emoción contenida en tus versos llenos de sentimiento y canto al amor... mis saludos y un fuerte abrazo. jr.

Shirley Brunelli disse...

Querida Auxiliadora, que poema triste,
porém, belíssimo. De vez em quando somos visitados pela dor,
mas, ela sempre nos ensina algo. Devemos pensar que tudo está no seu devido lugar.
Paz e Luz amiga!
Beijos!

silvioafonso disse...

Depois disso eu confesso, que nem
combinar letras pra verso, eu, de
veras, não faria, sem mentir.
E quando tu dizes que o teu amor
se foi. Dizes sem mentir, mas
na verdade não foi ele quem se foi,
mas tu. Fostes tu, quem dos dois
partiu.

Beijos,

silvioafonso




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Shirley Brunelli disse...

Passei por aqui, Auxiliadora
e veja... deixei um beijo pra você...